sábado, 1 de agosto de 2009




O boitatá é um dos bichos imaginários brasileiros mais antigos. Ele foi até citado em 1560 em um texto do Padre José de Anchieta.

A palavra “boitatá” (bóia = cobra, atatá = fogo) é de origem indígena, são características principais do boitatá: uma grande cobra transparente com um fogo de cor azul-amarelado.

Narra a lenda que houve um período de noite sem fim nas matas. Além da escuridão, houve uma enorme enchente causada por chuvas torrenciais. Assustados, os animais correram para um ponto mais elevado a fim de se protegerem. A boiguaçu, uma cobra que vivia numa gruta escura, acorda com a inundação e, faminta, decide sair em busca de alimento, com a vantagem de ser o único bicho acostumado a enxergar na escuridão. Decide comer a parte que mais lhe apetecia, os olhos dos animais. E de tanto comê-los vai ficando toda luminosa, cheia de luz de todos esses olhos. O seu corpo transforma-se em ajuntadas pupilas rutilantes, bola de chamas, clarão vivo, boitatá, cobra de fogo. Ela morre e reaparece nas matas serpenteando luminosa. Quem encontra esse ser fantástico nas campinas pode ficar cego, morrer e até enlouquecer. Assim, para evitar o desastre os homens acreditam que têm que ficar parados, sem respirar e de olhos bem fechados. A tentativa de escapulir apresenta riscos porque o ente pode imaginar fuga de alguém que ateou fogo nas matas. Aqui no Sul, acredita-se que o "boitatá" é o protetor do campo.

Fonte:
http://www.mundoeducacao.com.br/folclore/boitata.htm
http://www.paginadogaucho.com.br/lend/mboi.htm

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